Muito conhecido mundialmente, o “30 St Mary Axe” é um projeto arquitetônico desenvolvido pelo célebre arquiteto inglês, Norman Foster, inaugurado em 2004, em Londres, Inglaterra.
Mais comumente chamado de “The Gherkin” , pepino em tradução livre do inglês, o prédio recebeu esse apelido devido ao seu formato comprido e ovalado bastante irreverente, que nos remete ao fruto esverdeado.
Um símbolo econômico e sustentável na Europa
O “The Gherkin” está localizado em um dos principais centros financeiros europeus, mas muito além do que um prédio comercial de grande importância, o projeto arquitetônico desempenha também um papel ambiental fundamental, sendo considerado o primeiro arranha-céu sustentável de Londres .
Todas as estratégias de sustentabilidade apresentadas no projeto de Foster garantem maior autonomia e menor dependência de sistemas de climatização e iluminação artificiais, tornando possível não apenas o retorno ambiental, como também econômico.
Não obstante, seu formato circular permite a presença de uma praça verde com árvores diversificadas, garantindo não apenas a beleza do local, como o habitat para diferentes espécies da fauna e flora.
Biomimética no “The Gherkin”
A biomimética é a área da ciência que estuda fenômenos e processos ocorridos na natureza e os aplica de maneira similar no desenvolvimento de projetos capazes de beneficiar o cotidiano das pessoas, de forma mais sustentável.
Deste modo, engana-se quem pensa que sua configuração considerada por muitos como exótica e incomum foi pensada ao acaso.
No “The Gherkin”, a biomimética está presente por meio de um sistema de ventilação e iluminação inspirado na alimentação de esponjas do mar e anêmonas que se alimentam direcionando o fluxo de água por meio dos seus corpos.
O edifício de 180 metros utiliza do seu exoesqueleto cilíndrico para oferecer maior resistência às cargas de vento comuns em Londres, além de possibilitar o direcionamento de luz de forma balanceada, garantindo ventilação e iluminação natural por todos os seus 41 andares.
Parede Verde
Apesar de soluções sustentáveis propostas desde sua criação, o “The Gherkin” continua inovando e procurando alternativas com ainda maiores benefícios ambientais. Diante disso, o edifício conta agora com painéis verdes em seu exterior.
Esses painéis, também chamados de paredes verdes , possuem membradas especializadas que facilitam a umidade do ar e a absorção de água, garantindo o crescimento de plantas fora do painel, realizando a cobertura da fachada.
Essa vegetação proveniente das paredes verdes, além de trazer mais cor ao exterior do edifício, promove também inúmeros benefícios, dentre os quais destacam-se:
- Aumento da iluminação natural de forma equilibrada em todos os andares do prédio;
- Isolamento térmico com aumento da climatização natural e menor necessidade de utilização de sistemas artificiais;
- Isolamento acústico, reduzindo os ruídos da região central de Londres;
- Retenção de poeiras e melhoria da qualidade do ar na região.
Por isso, é extremamente importante a valorização de edifícios como o “The Gherkin” para promoção de práticas ambientais aliadas ao desenvolvimento urbano.
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