Cobogó é uma palavra de origem brasileira que se refere a um elemento vazado utilizado em arquitetura e construção. A estrutura permite a passagem de luz, ventilação, além de ser decorativo em fachadas, paredes e divisórias.
Derivado das iniciais dos seus criadores – Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis – o cobogó não é apenas um elemento arquitetônico, mas um símbolo da cultura brasileira.
Neste artigo, embarcaremos em uma jornada fascinante pelo universo do cobogó, explorando suas aplicações inovadoras, inspirações e a influência duradoura que exerce sobre a arquitetura contemporânea.
A sua história
Em 1920, inspirado nos muxarabis, elementos vazados de origem árabe com tramas pequenas e feitos de madeira, foi criado o cobogó em Recife. O termo é derivado das iniciais dos sobrenomes de seus criadores: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis.
O cobogó é um elemento vazado feito de cerâmica, cimento ou outros materiais, utilizado principalmente em paredes e fachadas para permitir a passagem de luz e ventilação. Ele se tornou popular no Brasil devido à sua capacidade de conciliar funcionalidade e estética, especialmente em climas quentes, onde a ventilação e a iluminação naturais são muito desejadas.
A presença do elemento é marcante em diversas obras de renomados arquitetos brasileiros, contribuindo para a identidade cultural e arquitetônica do Brasil. O cobogó é celebrado não apenas por sua funcionalidade, mas também por sua relevância histórica e cultural, sendo considerado um símbolo do design brasileiro e uma referência na arquitetura contemporânea.
Inspirações com Cobogó
E para você que busca inspirações com cobogó, veja essas ideias:
Construções históricas
Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes
Fotografia: Nabil Bonduki.
O Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes, popularmente conhecido como Pedregulho, é um ícone da arquitetura moderna brasileira e um dos conjuntos habitacionais mais notáveis do país.
Localizado no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, o Pedregulho foi projetado pelo renomado arquiteto Affonso Eduardo Reidy e construído entre 1947 e 1952. O conjunto foi concebido como uma inovadora solução de habitação social, integrando moradias acessíveis com espaços públicos e serviços comunitários.
Uma das características marcantes do projeto do Pedregulho é o uso criativo do cobogó, um elemento vazado de origem brasileira, para promover ventilação e iluminação naturais nas unidades habitacionais. Reidy incorporou o cobogó em diferentes partes do conjunto, como em fachadas, varandas e divisórias internas, aproveitando sua capacidade de permitir a passagem de ar e luz sem comprometer a privacidade dos moradores.
Pavilhão Nova York
Fotografia: Pavilhão Nova York, site oficial Oscar Niemeyer.
O Pavilhão do Brasil para a Exposição Mundial de Nova York de 1939-1940 é uma obra emblemática da arquitetura brasileira e um símbolo do modernismo brasileiro no cenário internacional.
Projetado pelo arquiteto Lúcio Costa, com a colaboração de Oscar Niemeyer e outros profissionais, o Pavilhão do Brasil apresentava uma arquitetura inovadora e contemporânea para a época. A estrutura do pavilhão era caracterizada por arcos parabólicos que criavam um espaço aberto e fluido, típico da arquitetura moderna brasileira.
O uso do cobogó no Pavilhão do Brasil é um elemento distintivo e significativo. O cobogó foi incorporado na fachada do pavilhão para proporcionar ventilação e iluminação naturais aos espaços internos, ao mesmo tempo em que conferia um caráter estético único à estrutura.
Uso interno
O uso do cobogó também é comum em obras residenciais menores. O elemento proporciona a passagem de ar através de seus vazados, promovendo ventilação natural, entrada de luz nos espaços, reduzindo a necessidade de iluminação artificial, e possibilita que os espaços sejam separados sem bloquear completamente a visão, mantendo uma sensação de conexão e abertura. Confira ideias para usar na sala, quartos e outros espaços:
Uso externo
Fotografia: Empreendimento Evora, Eleven.
O cobogó é muito utilizado em fachadas de prédios residenciais e comerciais. Um deles está em produção em Belo Horizonte, o Evora Santo Antônio da construtora Eleven.
O Evora Santo Antônio, traz consigo a cultura brasileira de alto padrão de acabamento e conta com unidades de 1 e 2 quartos, e uma área de lazer que prima pela funcionalidade sem perder elegância e sofisticação. Conheça o empreendimento localizado na esquina mais charmosa de Belo Horizonte.