É uma tradição que toda grande cidade tenha um cartão-postal que a torne reconhecida em qualquer parte do mundo. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque; e a Torre Eiffel, em Paris, são apenas alguns exemplos em que uma obra marca para sempre um lugar.
No caso de Bruxelas, na Bélgica, esse símbolo de identidade é o Atomium. Um monumento de 102 metros de altura em forma de átomo construído em 1958, em princípio, apenas para ser o pavilhão principal da Feira Expo 58.
A ideia inicial era desmontar a obra seis meses após o evento, no entanto, o gigante de aço ganhou o carinho dos habitantes e um lugar definitivo na capital belga.
O Atomium recebe a visita de 600 mil turistas todos os anos.
Contexto histórico
Foram necessários três anos de construção para que empreendimento ficasse pronto. Estima-se que 15 mil pessoas tenham participado da criação.
O projeto foi desenhado por André Waterkeyn, diretor de uma federação de empresas metalúrgicas e que não era artista profissional. Ele contou com o apoio de seus dois cunhados – André e Jean Polak – na confecção da peça.
A Expo 58, a primeira feira ocorrida depois da Segunda Guerra Mundial, tinha o objetivo de demonstrar uma crença na capacidade da ciência de contribuir para o progresso da humanidade, por isso foi escolhido o formato de átomo. Este tema foi eleito devido às atrocidades cometidas durante o período de guerra e que contaram com a ajuda de cientistas, por exemplo, na criação da bomba atômica que matou milhares de pessoas ao ser jogada sobre o Japão.
O Atomium foi construído para ser um símbolo de apoio à ciência, e na crença de que a energia atômica poderia ser utilizada para fins meramente pacíficos.
Arquitetura do Atomium
A estrutura de 2400 mil quilos é formada por nove esferas revestidas de aço inoxidável com 18 metros de diâmetro. Elas são interligadas por 20 tubos de 35 metros com escadas rolantes para a locomoção de funcionários e turistas.
A edificação representa um átomo 165 bilhões de vezes maior que uma partícula comum. Graças à sua ousadia e modernidade, a obra pode ser apontada como uma combinação entre escultura e arquitetura.
Entre 2004 e 2006, o monumento foi restaurado. Umas das novidades foi a instalação de 2970 mil lâmpadas de LED que geram um espetáculo noturno. As placas antigas foram vendidas aos interessados em ter uma recordação do Atomium e, ao mesmo tempo, colaborar com o financiamento da reforma.
Atrações ao público
Das nove esferas de aço, cinco recebem a entrada de visitantes. No interior delas é possível participar de exposições permanentes e temporárias, além de se deparar com museus e restaurantes.
O Atomium também é procurado por conta da vista panorâmica que seus 102 metros de altura proporcionam. A esfera localizada no topo possui um mirante e sedia o Atomium Restaurant, que permite aos frequentadores uma visão privilegiada durante as refeições.
O monumento está localizado a cerca de uma hora do centro de Bruxelas. O percurso até lá pode ser feito de transporte coletivo: metrô, ônibus ou bonde.
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